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Últimas ararinhas-azuis que estavam na natureza estão com vírus letal sem cura; animal é considerado em extinção

  • bitencourtludy
  • 27 de nov.
  • 2 min de leitura
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Onze ararinhas-azuis viviam livres em Curaçá, no norte da Bahia — FOTO: Acervo ICMBio


As últimas 11 ararinhas-azuis que estavam na natureza foram contaminadas com um vírus letal e sem cura, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).


As aves foram repatriadas da Europa e estavam no criadouro da empresa Blue Sky, na Bahia, onde faziam parte do programa de reintegração. A espécie é considerada uma das mais raras do mundo e está extinta na natureza desde 2020.


Segundo o ICMBio, elas foram recapturadas em novembro após uma ordem judicial contra a empresa e passaram por testes que identificaram que todas foram contaminadas pelo circovírus.


O circovírus é o principal agente da chamada doença do bico e das penas. Os sintomas incluem falhas no empenamento, alteração na coloração das penas e deformações no bico. A doença não tem cura e, na maior parte dos casos, é fatal para os animais. Não há risco para humanos.


Segundo o instituto, não houve o cuidado sanitário necessário no viveiro para isolar os animais doentes e evitar que os demais fossem contaminados, o que comprometeu a saúde das aves. Com isso, foi aplicada uma multa de R$ 1,8 milhão contra a empresa responsável pelo criadouro.


Entre as falhas encontradas estavam viveiros e comedouros sujos e a falta de equipamentos de proteção individual por parte dos funcionários que manipulavam as aves.


“Se as medidas de biossegurança tivessem sido atendidas com o rigor necessário e implementadas da forma correta, talvez a gente não tivesse saído de apenas um animal positivo para 11 indivíduos positivos para circovírus”, relata Cláudia Sacramento, coordenadora da Coordenação de Emergências Climáticas e Epizootias do ICMBio, que está à frente da emergência.


“O que a gente espera é que o ambiente não tenha sido comprometido, ameaçando a saúde de outras espécies de psitacídeos da nossa fauna”, comenta.


Ainda não se sabe exatamente como elas foram infectadas. A doença não é comum na região onde estavam, mas é registrada com maior frequência em populações de psitacídeos na Austrália.


Agora, os animais seguem sob os cuidados do instituto, mas não podem mais voltar para a natureza.



FONTE: g1.com.br

 
 
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